Demissão de desenvolvedores russos leva Rússia a planejar seu próprio Linux

Linus Torvalds está novamente em evidência na comunidade Linux, desta vez por conta de uma decisão que impactou desenvolvedores russos. Recentemente, ele anunciou a demissão de cerca de uma dúzia de mantenedores do kernel vindos da Rússia, uma medida em conformidade com as sanções internacionais ligadas ao conflito na Ucrânia, em andamento há quase três anos. Essa ação, que visa adequar o Linux à política de sanções, acabou gerando uma resposta direta do Ministério de Desenvolvimento Digital russo, que criticou a decisão e a classificou como uma forma de discriminação contra os desenvolvedores do país.

A medida tomada por Torvalds trouxe repercussões significativas, e o Ministério russo já sinalizou um plano de resposta. Em uma declaração recente, um representante do Ministério afirmou que a demissão dos desenvolvedores russos é vista como discriminatória e que o país planeja estabelecer uma comunidade de Linux independente. Segundo fontes, essa nova comunidade visa colaborar com nações que estão dispostas a cooperar com a Rússia, além de fortalecer a infraestrutura tecnológica do país. O objetivo seria aumentar a autonomia de soluções tecnológicas locais, reduzindo a dependência de serviços dos EUA e Europa.

Ainda assim, os detalhes sobre essa possível nova comunidade russa de Linux são escassos. Não foi divulgado, por exemplo, se o projeto inclui o desenvolvimento de um fork do kernel ou outras adaptações específicas. Há também especulações de que o país possa integrar essa iniciativa com a aliança já existente para o desenvolvimento da arquitetura RISC-V, usada para construir processadores independentes.

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