Pesquisa revela avanço do Jogo do Tigrinho e apostas digitais no Brasil em 2025

O polêmico e cada vez mais popular Jogo do Tigrinho voltou a ganhar os holofotes após a divulgação da Pesquisa Game Brasil (PGB) 2025, que mostrou uma adesão crescente aos chamados jogos de aposta. Segundo o levantamento, 38,2% dos participantes relataram jogar algum tipo de título baseado em sorte. O destaque vai justamente para o Jogo do Tigrinho, que tem atraído um número cada vez maior de jogadores no país. O fenômeno, de acordo com Guilherme Camargo, CEO da SX Group, está ligado a motivações emocionais, sociais e financeiras — elementos que mantêm um público engajado e disposto a gastar.

Vale lembrar que, segundo a pesquisa, 89,9% dos usuários desses jogos fazem apostas com dinheiro real. Entre os que gastam, 34,6% desembolsam entre R$ 51 e R$ 200 mensais, enquanto 8,6% superam os R$ 500 nesse mesmo período. E não para por aí: 39% dos participantes afirmam jogar pelo menos uma vez por semana, sendo que 14,2% jogam quatro vezes ou mais nesse intervalo. Mesmo com a ascensão dos jogos de aposta, especialistas como Carlos Silva fazem questão de distinguir esses produtos dos jogos digitais tradicionais, destacando que títulos convencionais oferecem narrativas, personagens e experiências mais complexas do que a simples expectativa de retorno financeiro.

Outro ponto importante revelado pela PGB 2025 é o crescimento do consumo digital em geral. Destaque para a classe DE, que apresentou uma alta de 20,3% no acesso a jogos digitais. Já Carlos Silva, da Go Gamers, atribui esse avanço à melhora no poder aquisitivo e à maior disponibilidade de dispositivos. Além disso, 88,8% dos entrevistados consideram os jogos uma das principais formas de entretenimento, sendo que 80,1% os têm como principal fonte de diversão. O perfil de jogador também está mudando: mulheres agora representam 53,2% do público, e os Millennials seguem dominando, com 49,4% da base ativa. Nas plataformas, o uso de smartphones caiu para 40,8%, enquanto consoles e PCs cresceram, especialmente entre classes mais altas. Já entre as crianças da Geração Alpha, 38,3% preferem consoles, influenciadas pelo hábito dos pais que também jogam. A Geração Z se mostra conectada e exigente, priorizando desempenho e optando por celulares (35%), PCs (25,3%) e consoles (24,5%).

Gustavo Roma

Redator apaixonado pelo mundo da tecnologia e jogos online, principalmente MMORPGs.